Imagens Históricas



O protesto na Praça da Paz Celestial, por um ângulo pouco conhecido.

O Rebelde Desconhecido, também conhecido como O Homem dos Tanques, é como ficou conhecido o misterioso homem que ganhou fama em todo o mundo como figura heroica após ser filmado e fotografado durante os protestos na Praça da Paz Celestial em Pequim, em 5 de junho de 1989. Várias fotografias foram tiradas do homem, que ficou em pé em frente a uma coluna de tanques chineses Type 59, forçando-os a parar.

Essa versão foi fotografada por Stuart Franklin da Magnum Photos, do quinto andar do Beijing Hotel. Ele tinha um ângulo de visão mais aberto, mostrando mais tanques à distância. Ele traficou o filme fotográfico para fora da China numa caixa de chá com um estudante francês.

Após seu gesto de não-violência, o homem escalou o topo do tanque da frente e conversou com o piloto. A filmagem mostra duas pessoas vestidas de azul levando o homem embora e sumindo na multidão; os tanques então prosseguiram seu caminho. Testemunhas acreditam que o homem foi levado pela polícia secreta e foi um dos muitos executados daquele dia, uma vez que o governo chinês nunca foi capaz de identificá-lo após as fotos tornarem-se públicas.

Texto de 
Diego Vieira
Administração Imagens Históricas
Fonte: Facebook/Imagens Históricas.



                         


Um dos primeiros retratos de prisioneiros no Brasil, 1872.

As fotografias, desde seu advento, garantem o processo de formação da memória histórica e da identidade nacional e pessoal. Contudo, após anos de cartazes descrevendo apenas as características de fugitivos e presos, a fotografia foi introduzida como controle de Estado na Casa de Correção pelo estudioso em craniologia  Almeida Valle.
Finalmente em 1872, Valle dera conta de fotografar todos os prisioneiros da Casa de Correção, unindo os trezentos e vinte e quatro retratos em um álbum que ficou conhecido como "Galeria dos Condenados" (exposto ao público na Exposição Universal da Philadelphia, de 1876, sob os auspícios de Pedro II, amante da fotografia), o primeiro registro prisional no país.

- Curiosidade acerca da imagem:

Na Galeria dos Condenados encontra-se o registro de Isabel Jacintha da Silva, escrava altiva e bela.

Condenada em 1846 por matar seu senhor (Jacintho José da Silva) envenenado, Isabel iniciou uma busca por seus direitos, alegando inocência. O envenenamento dos senhores pelos escravos era prática relativamente comum, uma vez que a liberdade lhes era dada por testamento. Dessa forma, após a morte do senhor, os escravos estariam livres. Assim, a prática de envenenamento acabou recebendo um artigo próprio no Código Criminal do Império, “ter o delinqüente cometido o crime com veneno, incêndio ou inundação” (Código Criminal, art. 16, 1830).



No caso de Isabel, ao que tudo indica, mantinha relações cordiais com seu senhor, pois portava seu sobrenome e faria jus à liberdade, como se livre tivesse sido desde o nascimento, tão logo seu proprietário viesse a falecer, fato que constituiu argumento decisivo para a formação de sua culpa. Em sua defesa, entretanto, alegou:

"que meu irmão me catucara que eu dissesse que tinha sido eu; eu fui e caí na asneira, na patetice de dizer que era eu; mas não fiz nada do que disse. Depois caí em mim, pus-me a imaginar. Eu não saía de casa, como é que havia de fazer isso?"

Isabel não foi condenada à pena de morte, mas sua pena foi de prisão perpétua com trabalho. O mesmo crime de homicídio, supostamente por ela cometido, com auxílio de seu irmão, era punido com pena de 12 anos de prisão e multa proporcional, para os demais criminosos, ou seja, os homens e mulheres livres. A Galeria dos Condenados expõe inúmeros casos como esse. 

Ainda que condenada, Isabel foi notável em suas tentativas de graça, alegando inocência em todos os tribunais, se utilizando de argumentos e provas de que era, de fato, inocente.

- Curiosidade 2:

- No mencionado álbum, encontramos apenas duas mulheres, entre as 324 fotografias: Isabel Jacintha e Generosa Maria de Jesus. A primeira, escrava, a segunda, livre. O álbum, em duas versões, pertence ao acervo da Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional, Coleção Dona Theresa Cristina.
Administração Imagens Históricas
Fonte: Facebook/Imagens Históricas.
- THIESEN, Icléia. A Casa de Correção da Corte e a fotografia identificatória (1859-1876). R. IHGB, Rio de Janeiro, 167 (430): 179-198, jan./mar. 2006.
- KOSSOY, Boris. Um olhar sobre o Brasil: A fotografia na construção da imagem da nação (1833 - 2003). 1° edição. São Paulo: Fundación Mapfre e Editora Objetiva, 2012. p. 81.
- THIESEN, Icléia. Informação identificatória, memória institucional e conhecimento - Isabel Jacintha da Silva, de cativa à prisioneira na Casa de Correção da Corte. LERASS – Laboratoire d’Études et de Recherches Appliquées en Sciences Sociales.
Fonte:http://www.dgz.org.br/jun09/Art_01.htm.


                                    
                                    


Imagem do “Manuscrito 512”, que consiste em uma das maiores fábulas da arqueologia nacional e que está guardado na Biblioteca Nacional. O documento consiste numrelato de um grupo de bandeirantes ao encontrar uma cidade “perdida” no Brasil, cujo nome e sua localização é desconhecida até hoje.
O acesso ao documento original ainda é extremamente restrito, ainda que tenham disponibilizado uma versão digitalizada dele na Biblioteca e durante muito tempo, esse documento, o mais famoso do acervo, ficou esquecido e foi encontrado ao acaso.

O mito:

A datação do manuscrito ainda é controversa, embora haja um consenso de que ele tenha sido escrito por volta do século XVIII, devido determinados elementos, relatos presentes no texto e por sua deterioração. 
O relato, por sua vez, traz a história do encontro dos bandeirantes com ruínas de uma cidade desconhecida em meio à selva brasileira, com estruturas grandiosas e com riquezas, no entanto, seu fim desconhecido.
Em seu trecho mais conhecido, os bandeirantes relatam que avistaram uma grande montanha brilhante, que atraiu a atenção do grupo que, diante de tal visão, ficou pasmo e admirado. Contudo, os bandeirantes da expedição não conseguiram escalá-la e isso acabou se dando por acaso quando um dos integrantes do grupo, caçando um animal, acabou encontrando um caminho pavimentado que passava por dentro da montanha.
Após atravessarem-na, avistaram uma grande cidade de estilo desconhecido e completamente abandonada. A entrada da cidade era possível apenas por um caminho, ornado por 3 grandes arcos na entrada em que, o principal e maior, se encontrava ao centro dos outros dois, carregando inscrições em uma letra indecifrável no alto.Segundo o depoimento, a cidade trazia sinais das grandes civilizações antigas, como uma praça central onde erguia-se uma grande coluna negra e, sobre ela, jazia uma estátua apontando para o norte e despida da cintura para cima, com uma coroa de louros na cabeça.

Trecho original:

"(...) collumna de pedra preta de grandeza extraordinaria, e sobre ella huma Estatua de homem ordinario, com huma mao na ilharga esquerda, e o braço direito estendido, mostrando com o dedo index ao Polo do Norte; em cada canto da dita Praça está uma Agulha, a imitação das que uzavão os Romanos, mas algumas já maltratados, e partidos como feridas de alguns raios. (...)".

Na cidade também foi encontrado um objeto curioso, o único mencionado na expedição e descrito minuciosamente, uma grande moeda de ouro, que trazia alguns emblemas entalhados. Em um dos lados, havia um rapaz ajoelhado e, do outro, havia um arco, uma coroa e uma flecha.
Infelizmente a identidade dos bandeirantes, bem como a localização da cidade, se perdeu no tempo, contribuindo ainda mais para a criação do “Manuscrito 512” e sua cidade misteriosa.

Talita Lopes Cavalcante
Administração Facebook/Imagens Históricas

Para ler mais: 
- Relação histórica de uma occulta e grande povoação antiquíssima sem moradores, que se descobriu no anno de 1753, nos sertões do Brazil ; copiada de um manuscripto da Bibliotheca Publica do Rio de Janeiro. Em: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, Tomo I, 1839, p. 153 (no arquivo PDF). - http://www.ihgb.org.br/trf_arq.php?r=rihgb1839t0001.pdf.
Dossiê sobre o Manuscrito 512 http://xa.yimg.com/kq/groups/18647663/1588892879/name/Transcrição+Manuscrito+512.pdf.Fontes: Fundação Biblioteca Nacional.



                                

Convento da Penha, 

Passagem do Zeppeling, 1936, Vila Velha-Es. - capa da revista Chanaan.
Colaboração: Arquivista Leila Cristina Brunelli Costa Valle
Acervo: Casa da Memória de Vila Velha
Fonte:http://arquivisticaufes.blogspot.com.br



                     
                       


           
Paramount Theater em Hollywood , no ano de 1952 - primeiro longa metragem 3D. Colaboração do Arquivista Charlley Luz.
 Fonte:http://arquivisticaufes.blogspot.com.br   


               
   
             


 Navio Negreiro Holandês levando crianças para o "No      Mundo", 1868.
Fonte: Historical Documents of Slavery & Lynching in America http://kganu.net/id30.html.




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